Singrando o dia,
sangrando à noite...
Gesto cantares
para acordar
auroras rubras
em meu olhar.
Singrando o dia,
sangrando à noite...
Ondas revoltas
no imenso mar,
somente o canto
pode acalmar.
Singrando o dia,
sangrando à noite...
Velas abertas,
mãos sobre o leme,
em que baías
vou ancorar?
Singrando o dia,
sangrando à noite...
Se nasci barco,
não quero o cais,
não quero as praias,
desejo o mar.
Singrando o dia,
sangrando à noite...
Mares adentro,
sem almejar
qualquer tesouro,
senão cantar...
Kalliane Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário